sábado, 18 de julho de 2009

Apolo

(...) Não te envergonhem a Musa hábil
na lira e Apolo cantor. (Arte Poética, Horácio, 406-7)

O que hoje e ontem foi, não será sempre:

Da lira em algum tempo taciturna Apolo a musa acorda, nem contínuo
Seu arco ateza.
(Ode II, 7, 16-20, Horácio. Tradução: António Ribeiro dos Santos)

Começando, invoco a ti, teus lauréis me assistam,
Febo, inventor da poesia e da medicina,
Auxilia o poeta e ao mesmo tempo o médico (Os Remédios do Amor, Ovídio, 75-7. Tradução minha)

Não havia ainda o louro, e a formosa fronte de longos cabelos, cingia Febo com qualquer planta.
(Metamorfoses, Ovídio, I, 450-1)

'(...) a terra de Delfos me serve e os reinos de Claros, Tênedos e Pátaros;
Júpiter é meu pai; revelo o que será, o que foi
E o que é; afino as cordas da poesia.
Minha seta é certeira (...)
A medicina é minha invenção e sou chamado
Auxílio na cidade, domino o poder das ervas'
(...)
'Certamente serás minha árvore', disse, 'sempre, louro,
Ter-te-ei nos cabelos, na cítara, na minha aljava, Estarás com os comandantes latinos, quando alegre
voz celebrar triunfo e o Capitólio contemplar grandes cortejos
(...)
E como a juventude dos meus longos cabelos
Tu também tenhas sempre folhas de eterna beleza!'
(Metamorfoses, Ovídio, I, 515-23 e 558-65.)



estátua de Apolo em mármore, séc. II d.C., Musei Capitolini

Nenhum comentário: